quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Amamentação e o tabaco

Vários fatores ambientais podem interferir no desenvolvimento do feto e dos bebês. Um desses fatores é a exposição ao tabaco, através do consumo do cigarro por gestantes e nutrizes. Existem muitas opiniões sobre o efeito do tabaco na saúde da mulher e do bebê que precisam ser conhecidas para a promoção da saúde dos bebês.
O uso do tabaco e a amamentação:

Fumar durante a amamentação prejudica o bebê. A mãe deve evitar fumar enquanto estiver amamentando. 
O consumo de tabaco pode reduzir a qualidade do leite e a sua produção e afetar o desenvolvimento do bebê.
Muitas das cerca de 4.000 substâncias contidas nos cigarros passam para o leite materno. Sabe-se que a concentração de nicotina no leite da mãe é maior do que no sangue.
Os bebês amamentados por mães fumantes sofrem com mais frequência de cólicas, choram mais e, às vezes, não ganham peso tão bem como os bebés amamentados por mães que não fumam.  
Se a mãe é fumante, deve tentar, pelo menos, não fumar em casa e não deixar que ninguém o faça. Também deve tentar reduzir o consumo de cigarros, procurando não fumar perto do bebê e próximo das mamadas.  
Os bebês que vivem em casas onde se fuma têm maior risco de morte súbita e de ter doenças das vias respiratórias, como pneumonias, bronquites e asmas, e otites. Um aumento de quase 60% na ocorrência de pneumonias e bronquites acontece quando um dos pais fuma situação que se agrava ainda mais quando ambos fumam.

Uma mulher que não fuma
  • E que evita os ambientes poluídos com o tabaco, ajuda seu bebê a ter, em média, mais 200 gramas do que os bebês de mães fumantes.
  • Reduz a probabilidade de efeitos nocivos no crescimento futuro da criança e no seu desenvolvimento intelectual.
  • E que amamenta o seu bebê, faz com que este tenha menos cólicas, chore menos e ganhe mais peso.
O tabagismo é classificado pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa evitável de doença, morte e diminuição da qualidade de vida no mundo ocidental. Uma em cada duas pessoas que utiliza o tabaco morre com uma doença relacionada com o tabaco.

Na mulher, o tabaco pode:
  • Causar efeitos sobre os hormônios e induzir ciclos menstruais dolorosos;
  • Conduzir a uma diminuição dos níveis de estrogênios e, assim, uma redução da eficácia do contraceptivo oral combinado;
  • Levar ao aumento da incidência de doenças cardiovasculares em mulheres jovens, quando associado ao uso de contraceptivos orais combinados;
  • Diminuir a ovulação;
  • Provocar alterações nas trompas, o que contribui para uma redução da probabilidade da mulher engravidar;
Para a mulher grávida, o tabaco pode:
  • Aumentar o perigo da gravidez ectópica;
  • Aumentar em três vezes o risco de interrupções involuntárias da gravidez, uma vez que a nicotina causa vasoconstricção e um estreitamento das artérias da placenta, o que reduz a nutrição do feto;
  • Provocar complicações placentárias: alterações no processo normal de desenvolvimento; susceptibilidade à ruptura precoce das membranas amnióticas;
  • Aumentar o risco de aparecimento de estrias;
  • Dificultar a cicatrização após uma cesariana.
Problemas gerais associados ao consumo de tabaco:
  • Agravamento da osteoporose;
  • Indução de menopausa atípica, com sintomas mais severos e duradouros;
  • Aumento do risco de infarto do miocárdio (risco é 4 vezes maior nas mulheres fumantes);
  • Ocorrência de várias doenças graves, como diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e doenças pulmonares;
  • Alteração de alguns parâmetros biológicos (níveis de glicose sanguínea e de insulina);
  • Ocorrência de problemas de saúde oral.
Fonte: www.amamentar.net




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