quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Volta Redonda está entre os dez finalistas do Prêmio Bibi Vogel

Volta Redonda, município da Região Médio Paraíba do Estado do Rio de Janeiro, está entre os dez finalistas para a 3ª edição do Prêmio Bibi Vogel.
A Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda receberá, em 13 de outubro de 2011, a visita de duas técnicas do Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, para a segunda etapa de avaliação do Prêmio.
Esta visita terá como foco a avaliação das ações de promoção e incentivo ao aleitamento materno que são desenvolvidas em Unidades de Saúde da Atenção Básica, no Hospital Municipal São João Batista, Hospital titulado Amigo da Criança e no Banco de Leite Humano e Projeto Bombeiro Amigo do Peito.
Na última Pesquisa Nacional sobre a Prevalência do Aleitamento Materno (AM), realizada em 2008, Volta Redonda apresentou 44,7% de prevalência em Aleitamento Materno Exclusivo, ou seja, crianças que amamentam somente no peito até os seis meses de vida e 58,6% de menores de 1 ano em Aleitamento Materno.
Atualmente, o município conta com 11 Unidades Básicas de Saúde Amigas da Amamentação; 1 Banco de Leite Humano – no Hospital Municipal São João Batista, Hospital Amigo da Criança; desenvolve o Método Canguru, na UTI Neonatal Pública, com ações voltadas para as crianças prematuras e o Projeto Bombeiro Amigo do Peito, que em parceria com o Banco de Leite Humano, é responsável pela coleta do leite humano e apoio às nutrizes no manejo da amamentação.
Na Semana Mundial de Amamentação de 2011 iniciamos a aplicação do Inquérito de Prevalência do Aleitamento Materno em menores de 1 ano, através da plataforma FORMSUS/DATASUS. Este inquérito será aplicado em Unidades de Saúde da Atenção Básica a cada quatro meses (nos meses de janeiro, maio e setembro), propiciando avaliação contínua das ações de promoção ao aleitamento materno.  O blog Canal Amamentação VR integra o conjunto de ações destinadas à divulgação da amamentação nas redes sociais.
O Prêmio Bibi Vogel, iniciativa do Ministério da Saúde, destina-se a reconhecer os municípios que desenvolvem ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno, bem como a importância da amamentação para a prevenção e redução da morbimortalidade infantil e para a saúde da criança.
O prêmio foi instituído pela portaria nº 1907/GM de 13 de setembro de 2004 e leva esse nome em homenagem a Sylvia Dulce Kleiner, conhecida como Bibi Vogel, por sua dedicação, militância e destaque frente às ações de amamentação, entre elas a criação do grupo Mães Amigas do Peito, em 1980.
Para a segunda etapa de avaliação desta 3ª edição foram selecionados 2 municípios de cada região do país. Os municípios vencedores receberão as placas em novembro, durante o I Encontro Nacional de Tutores da Rede Amamenta Brasil, em Brasília.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Amamentação e o tabaco

Vários fatores ambientais podem interferir no desenvolvimento do feto e dos bebês. Um desses fatores é a exposição ao tabaco, através do consumo do cigarro por gestantes e nutrizes. Existem muitas opiniões sobre o efeito do tabaco na saúde da mulher e do bebê que precisam ser conhecidas para a promoção da saúde dos bebês.
O uso do tabaco e a amamentação:

Fumar durante a amamentação prejudica o bebê. A mãe deve evitar fumar enquanto estiver amamentando. 
O consumo de tabaco pode reduzir a qualidade do leite e a sua produção e afetar o desenvolvimento do bebê.
Muitas das cerca de 4.000 substâncias contidas nos cigarros passam para o leite materno. Sabe-se que a concentração de nicotina no leite da mãe é maior do que no sangue.
Os bebês amamentados por mães fumantes sofrem com mais frequência de cólicas, choram mais e, às vezes, não ganham peso tão bem como os bebés amamentados por mães que não fumam.  
Se a mãe é fumante, deve tentar, pelo menos, não fumar em casa e não deixar que ninguém o faça. Também deve tentar reduzir o consumo de cigarros, procurando não fumar perto do bebê e próximo das mamadas.  
Os bebês que vivem em casas onde se fuma têm maior risco de morte súbita e de ter doenças das vias respiratórias, como pneumonias, bronquites e asmas, e otites. Um aumento de quase 60% na ocorrência de pneumonias e bronquites acontece quando um dos pais fuma situação que se agrava ainda mais quando ambos fumam.

Uma mulher que não fuma
  • E que evita os ambientes poluídos com o tabaco, ajuda seu bebê a ter, em média, mais 200 gramas do que os bebês de mães fumantes.
  • Reduz a probabilidade de efeitos nocivos no crescimento futuro da criança e no seu desenvolvimento intelectual.
  • E que amamenta o seu bebê, faz com que este tenha menos cólicas, chore menos e ganhe mais peso.
O tabagismo é classificado pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa evitável de doença, morte e diminuição da qualidade de vida no mundo ocidental. Uma em cada duas pessoas que utiliza o tabaco morre com uma doença relacionada com o tabaco.

Na mulher, o tabaco pode:
  • Causar efeitos sobre os hormônios e induzir ciclos menstruais dolorosos;
  • Conduzir a uma diminuição dos níveis de estrogênios e, assim, uma redução da eficácia do contraceptivo oral combinado;
  • Levar ao aumento da incidência de doenças cardiovasculares em mulheres jovens, quando associado ao uso de contraceptivos orais combinados;
  • Diminuir a ovulação;
  • Provocar alterações nas trompas, o que contribui para uma redução da probabilidade da mulher engravidar;
Para a mulher grávida, o tabaco pode:
  • Aumentar o perigo da gravidez ectópica;
  • Aumentar em três vezes o risco de interrupções involuntárias da gravidez, uma vez que a nicotina causa vasoconstricção e um estreitamento das artérias da placenta, o que reduz a nutrição do feto;
  • Provocar complicações placentárias: alterações no processo normal de desenvolvimento; susceptibilidade à ruptura precoce das membranas amnióticas;
  • Aumentar o risco de aparecimento de estrias;
  • Dificultar a cicatrização após uma cesariana.
Problemas gerais associados ao consumo de tabaco:
  • Agravamento da osteoporose;
  • Indução de menopausa atípica, com sintomas mais severos e duradouros;
  • Aumento do risco de infarto do miocárdio (risco é 4 vezes maior nas mulheres fumantes);
  • Ocorrência de várias doenças graves, como diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e doenças pulmonares;
  • Alteração de alguns parâmetros biológicos (níveis de glicose sanguínea e de insulina);
  • Ocorrência de problemas de saúde oral.
Fonte: www.amamentar.net




quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amamentação & redes sociais

A “Amamentação em 3D” é o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), de 2011, comemorada de 1 a 7 de agosto em todo o mundo.Conexão, sinergia, cooperação, parceria e comunicação: essas palavras capturam a energia e o poder da solidariedade humana.
Há vinte anos, um grupo de consultores e líderes globais uniu forças para uma causa que vale a pena – a promoção da amamentação.A SMAM foi criada para comemorar a Declaração de Innocenti e, a partir disso, tornou-se um evento anual celebrado por milhares de pessoas e grupos em todo o mundo.
Desde 1992, a World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) nos convida a celebrar os inúmeros benefícios da amamentação para a saúde de mães, de bebês e do planeta. A cada ano, um desafio temático é lançado à sociedade, principalmente para os profissionais de saúde. Porque a cada SMAM um tema central é abordado entre o amplo espectro que a amamentação proporciona.
Uma revolução na comunicação
Vivemos um momento em que se não aderirmos à internet, às redes sociais e às novas tecnologias digitais, ficaremos à margem dos acontecimentos. Uma nova geração de mulheres já incorporou as ferramentas da web no dia a dia. Comunidades virtuais de ajuda mútua em aleitamento, sites e blogs especializados de instituições, de organizações não governamentais e de consultores de amamentação são fontes de informações de fácil atualização e disseminação.
A semana mundial de 2011: você está falando comigo?
Atualmente, a internet nos traz a possibilidade de encontrar facilmente informações sobre qualquer assunto.
Usamos as redes sociais para encontrar rapidamente amigos e familiares que moram longe.Em relação à amamentação, há muita informação disponível por meio desses canais.
Não há dúvida de que a amamentação proporciona saúde nutricional e preventiva para bebês e crianças, sendo uma das práticas mais sustentáveis do planeta. A amamentação também é importante para as mulheres, ajudando-as a perder peso após o parto, protegendo-as contra o câncer de mama e outras doenças e adiando o retorno da menstruação e ovulação. No entanto, em muitos lugares do mundo, ainda temos que  trabalhar muito contra os baixos índices de amamentação exclusiva e continuada.
Por que existe uma lacuna entre o que sabemos e o que está efetivamente acontecendo?
Assim como os componentes do leite materno, que formam um complexo vital de nutrientes e células vivas, a interação renovada e animada entre as pessoas é vital para cultivar e apoiar as mães que amamentam! Tais interações fazem com que a mãe saiba que não está sozinha.
Enquanto governos locais e nacionais tentam diminuir as desigualdades econômicas e sociais, a amamentação se estabelece consistentemente como uma iniciativa sustentável, democrática e uma resposta de baixo custo a esses problemas.Campanhas como a SMAM e outras políticas de saúde em muitos países esclarecem às mães que é possível amamentar.
Com tantas formas de comunicação acessíveis pela ponta dos dedos, agora é o momento perfeito para compartilhar e empoderar.O desafio é encontrar mensagens criativas com as quais possamos nos identificar, envolvendo também espectadores não tradicionais.Um público importante são os jovens, visto que apresentam inúmeras ideias, energia e entusiasmo e desempenham um importante papel na formação do futuro de suas comunidades.
Uma mãe precisa sentir-se apoiada, mas esse apoio precisa vir de fontes e setores múltiplos, com mensagens corretas e consistentes de todos os seus contatos.
O que podemos fazer a esse respeito?
O tema da SMAM 2011 nos lembra de que amamentar é uma experiência 3D – uma oportunidade de ter um maior alcance, um investimento em um futuro saudável e, finalmente, uma lente ímpar através da qual vemos o mundo.É fundamental lembrar que para obter sucesso nesta campanha, precisamos nos comunicar bem. Somos o mundo e queremos saber por que amamentar é importante.
Este ano estamos pedindo a todos que ampliemos horizontes, mediante o meio de comunicação ao qual tiverem acesso, e compartilhem as mensagens necessárias para que cada mulher tenha sucesso na amamentação.
Espaços virtuais x apoio real
Está comprovado que a mulher não amamenta sozinha. Na espécie humana, a amamentação não é mais instintiva, é uma habilidade, uma cultura que precisa ser retomada com promoção (incentivo), proteção (defesa) e apoio (suporte).
Informações seguras e oportunas, no momento em que a mulher precisa e solicita, de uma fonte confiável de profissionais de saúde capacitados ou de grupos de mães, são determinantes para evitar o desmame precoce.
Grupos de apoio formados por mulheres que vivenciaram a lactação e conseguiram superar obstáculos e dificuldades são espaços privilegiados para prover acolhimento para nutrizes de primeira viagem.
Mobilização em todo o país
O Brasil tem se destacado por sua criatividade nas comemorações da SMAM.O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria há mais de uma década instituíram a madrinha da semana (algumas vezes, acompanhadas de padrinhos).Este ano, a atriz Juliana Paes e seu filho estarão em cartazes, spots de rádio e na TV divulgando as vantagens do leite materno.
Secretarias de estado, prefeituras e maternidades promoverão seminários, debates, gincanas, concursos, exposições, passeatas, “mamaços” e “blogagens” coletiv@s...
Política pública respalda iniciativas
Em nosso país, o aleitamento é uma política pública bem-sucedida desde a década de 1980. Um conjunto amplo de iniciativas impacta de maneira positiva a prevalência de amamentação exclusiva.
Na área hospitalar, podemos destacar os Hospitais Amigos da Criança, a metodologia Mãe Canguru – atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, a Rede de Bancos de Leite Humano etc., e na atenção básica, a Rede Amamenta Brasil, a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação em alguns estados, a Pastoral da Criança, os Agentes Comunitários de Saúde.
Na área jurídica, há a licença-maternidade, que, gradativamente, se estende aos seis meses, leis e resoluções que compõem a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e salas de apoio à amamentação nas empresas que possibilitam retornar ao trabalho com a continuidade do aleitamento.
Capacitações em todos esses campos com dezenas de publicações e vídeos que estão disponíveis na internet não permitem que fiquemos desatualizados. Uma tendência atual é o reconhecimento de que a amamentação é um fenômeno complexo que merece uma abordagem transdisciplinar. “Novas” áreas de conhecimento conquistam um lugar para um melhor manejo clínico da lactação: fonoaudiologia, odontologia, fisioterapia, endocrinologia, psicossomática, sexualidade etc.
Todos devem dedicar tempo para se atualizarem neste tema tão fascinante. Afinal, como disse o fisiologista francês Claude Bernard: “O que pensamos que sabemos é o que nos impede de aprender”.
Fonte: Marcus Renato de Carvalho